quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Perdeu!

Contei que ele era bonito? Sim, charmoso como um galanteador latino. Altivo nas suas frases, cheio de bom humor e gracejos. A pele dele era reluzente, as mãos bem cuidadas, sorria um sorriso que me doía os ossos, de tão lindo. Os olhos eram verdes, diziam que ele me queria tanto quanto pensava. Estava entregue, completamente. Resolvi dar um pouco de trela, ascendi um cigarro e conversamos mais um pouco, ele é advogado, sabe? Me falou do stress que é trabalhar em escritório, defender causas e essas coisas. Eu praticamente não ouvia, do bla bla bla um "me beija" saia e eu prestava atenção pra ver se era verdade. Nada, absolutamente nada. Ficamos quase três horas conversando e o filho da mãe resolve me confessar que gostava de outros departamentos, se é que você me entende.
Pelo menos agora tenho um advogado mais próximo.... não tão próximo assim.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Colegas de trabalho

Joana e Cássia conversavam sobre a promoção de Claudinha. Falavam com um tom estranho sobre cargos e encargos do sexo. Até que a Claudinha passou no corredor, parando para cumprimenta-las:


Bom dia meninas!
Bom dia querida, como vai?
Estou bem... e vocês?
Estamos ótimas...


Depois de passar, Claudinha foi açoitada novamente.

Verdades

Você acha que me engana?
Eu? eu não acho nada!
Porque você não fala logo a verdade..
Que verdade?
Que você me traiu....
Mas isso não é verdade!
Claro que é, e você sabe disso....
Não sei do que você está falando.
Mas eu já sei de tudo, pare de fingir...
ESTÁ BEM! EU CONTO...... MAS É VOCÊ QUE ESTÁ PEDINDO...
Conte então, maldito...
EU COMI, OK? Eu comi o seu doce favorito que estava na geladeira, e NÃO tenho remoso... nenhum! Está satisfeita?
Maldito traidor.......

domingo, 26 de setembro de 2010

Enchendo os pacová

Então cara, passei na casa dela e ela disse que estava se arrumando. Eu esperei dentro do prédio mesmo, mas não subi. Fiquei lá feito um imbecil sentado no meio da jardinagem, porque tava tendo uma festinha de criança na parte de dentro. Foi uma festa de coelhos, acho que a criança tinha uns três anos. Foi uma festa bonita, cheia de doces e bem familiar, tinham muitos casais novinhos, tipo da nossa idade. Dai fiquei me perguntando se é isso que quero pra minha vida. Ter mulher, filhos.... casamento. Fiquei esperando mais um pouco e pensando nisso tudo.... dai vazei.

Término

Ele chegou em casa e tirou os sapatos. Direto a cozinha sentou-se na cadeira em que ela se recostava par tomar um café. Abriu a gaveta e pegou a faca mais amolada, iria fazer algo que cessasse a dor. Enquanto isso ela pintava as unhas de vermelho, um vermelho intenso com falhas próximas as cutículas. E enquanto ela passava o rebô, ele enfiava a faca em suas entranhas.... ela assoprou as unhas da esquerda pra que secassem mais rápido, ele se esvaia de sangue no chão da cozinha.

secssex tchunai

Me bate na cara!
Sério?
Bate... pode bater..
hum... tá bom..
PLAFT!
C-A-R-A-L-H-O... filhodaputa....
amor, você está bem?
- choro -
amor?
você pode me deixar sozinha um minuto?
mas foi você que...
um minuto só, ok?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

DR - I

Conversaram e ele chegou a brilhante conclusão. Como sempre chega a qualquer hora e qualquer lugar. E disse com toda vontade:

Você é maluca.

Fim.

Eu te amo demais para te amar.

Beibe
hm?
Fala pra mim...
falar o que?
Você sabe, você sabe seu malandrinho...
mmMmMmmmmmMmmMm.. sei?
Claro que sim.... benzinho..
vem aqui, cachorrinha no cio...
Como é?
VEM AQUI, CACHORRINHA SEDENTA E NO CIO!
Você está louco?
louco? porque louco?
Você é um idiota... insensível..
mas o que foi que eu fiz?
.....
hein?

Na rua, no cru.

Olá,
Oi,
Você gosta de Chocolate?
Não, sou alérgica...
Ainda bem, também sou.
Sério?
Não.
Hhahahaha..
Mas ainda me restam chicletes, balas, jujubas...

Caneta nova

Rendeu as mãos a caneta, olhou e sentiu o cheiro de novo. Pela primeira vez lhe fora útil o presente de seu tio José. Pegou o papel e o deitou sobre a escrivaninha... e olhou para a ponta que nada fazia, existia uma cruel separação dos mundos. Escrever o que deveria quando se pensa no que poderia.
Caso pensasse em escrever algumas coisas, outras rotinas. Era rotineiro demais. Amor? Era cruel demais. Mulheres? era fácil demais. Comida? desconhecido demais. A não ser o frango empanado que comprou na esquina, que está a três dias na geladeira.
Ficou lá estático, movendo o mundo na cabeça. Dobrava as pernas sem saber até onde elas não doeriam. Difícil. Escrever ali uma desconjuntura, um rompimento, consagrando que a vida dela não fazia mais parte de suas manhãs.... E com a caneta nova ele assinou o maldito documento.

Corrida

Abriu a cara do travesseiro, em minutos tardios. Atrasada correu para o banho, lavou o cabelo em cinco minutos e enxaguou o resto em sete. Enxugou-se em dois, vestiu-se em quinze, vai, vinte.... e arrumou o cabelo e o rosto em mais quinze. Calçou-se em três, pegou as chaves, fone de ouvido, bolsa e cara de pau. Fechou a porta e chamou o elevador, correu com suas pernas finas cortando o vento - como um zumbido estranho- olhou para o sinal para não morrer ali mesmo, passou no verde, pegou o 7767 lilás. Chegou no trabalho em vinte e cinco minutos, sentou-se a mesa, ligou o computador e olhou a pauta, tudo meramaente tranquilo as dez e quinze. Pois as onze, perderia a paciência em trinta segundos...

cruel.

Sexta feira

Sentou no sofá e abriu outra cerveja, a barriga contornou a calça nova. O colarinho da camisa se escondia , e o resto se amassava entre o sofá e a pele. Olhou a tv e ficou desentendido, passou os canais atropelando os botões. Os pés inchados brincavam com os sapatos retorcidos e as meias sujas bailavam seu cheiro no corredor. A pasta de documentos jogada na mesa, com as chaves, planilhas, reclamações do chefe e colegas peçonhentos.


Sim, finalmente estava bêbado.

Lances

Ela jogou o cabelo e disse que não voltaria mais, passou a porta com seu salto barulhento, o piso de madeira rangeu de dor. Ele ficou olhando toda a cena do sofá, esperando que ela dissesse que o amava e que voltaria, desesperada. Ela tremeu até chegar ao estacionamento, e lá chorou até chegar em casa. Não voltaria mais.

Primeiro post

Primeiro post é que nem falar bom dia pra pessoas estranhas.Você sabe que talvez pode ser apedrejado se não usar o tom certo -e na hora certa - , ou pode simplesmente ser visto como alguém educadamente chato. Depois é tudo rotina, só rotina.