terça-feira, 8 de março de 2011

Sabadão

Pegou o telefone e listou as possibilidades. De A a Z, tirou vinte números de uma possível foda sabadística. Ligou para a mais gostosa, claro. Não atendia. Ligou na segunda, essa era aquele tipo de garota que topa tudo, ela atende meio desconsertada.... estava com o noivo. Liga na terceira, moça estranha de fim de festa, respira fundo e a chama pra sair. Ela diz que está em outra cidade, que quando voltar o procura. Maldita distância, pensam suas partes baixas. Disca o número de mais uma, duas, cinco... sete. Aquilo estava ficando meio desgastante e triste. Então ele tenta aquela que ele jamais deveria, aquela que talvez pudesse ser o que nenhuma fora. Sabe dos sentimentos dela, sabe que das últimas vezes ela chorou e que, se pudesse, não o veria nunca mais. Mas ele liga mesmo assim, implora por uma conversa, uma bebida e um pouco de sexo. E consegue.

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